sábado, 5 de março de 2011

Eis que morreste. Mortalmente triste
Divaga a flor da aurora entre os teus dedos
E o teu rosto ficou entre as estátuas
Velado até que o novo dia nasça.

Se nenhum amor pode ser perdido
Tu renascerás – mas quando?
Pode ser que primeiro o tempo gaste
A frágil substância do meu sono.

(Sophia de Mello Breyner Anderson, “Eis Que Morreste”, in “Obra Poética” I, pag. 180.)


" A Valsa dos Flamingos"

Carolina acordou. Dentro de alguns instantes, o avião iniciaria a descida rumo ao aeroporto internacional de Mavalane, no Maputo. A voz da hospedeira anunciava que a temperatura do ar na capital moçambicana era de 28ºC, a humidade relativa, de 68%, e o vento soprava a uma velocidade de 10 Km/h SE.
Uma turista dinamarquesa que viajava ao lado de Carolina, comentou com ela que, felizmente, chegava ao Maputo na estação seca, com temperaturas mais baixas e menores concentrações de humidade no ar. Carolina sorriu. Preferia a estação das chuvas quentes, de Outubro a Março. Na verdade, sempre se sentira muito confortável durante o ano inteiro, com o clima do Maputo, que sofria a influência do regime das monções do Índico e da corrente quente do canal de Moçambique, mas, curiosamente, era a estação das chuvas quentes que lhe emprestava uma especial vitalidade, contrariamente ao que acontecia com tantas outras pessoas, que se queixavam de, nessa estação, passarem os dias e as noites mergulhadas numa neblina quente.
O cansaço que sentiu ao acordar, consequência das 11 horas de voo directo de Lisboa para o Maputo, dissipou-se num ápice quando olhou pela janela e os seus olhos se perderam no Índico.
Rashid era o nome dele, o homem que, catorze meses antes, a sacudira como um tremor de terra com a magnitude de 7 na Escala Aberta de Richter e a intensidade de 10 na Escala de Mercalli.
Recordou-se das duas estrelas que cintilavam no olhar azul dele, imenso como o Índico, de um sorriso generoso que irradiava serenidade, e de uma pele muito morena num corpo irrepreensivelmente esculpido. Um deus à face da terra! Tinha sido por este deus humano que Carolina se apaixonara perdidamente. Rashid tinha sido o único homem que, com um simples olhar, a penetrara até ao âmago da sua alma, incandescendo-a.
Era ela médica anestesista no Hospital Central do Maputo, casada com um cirurgião vascular em exercício no mesmo Hospital, quando Rashid, eminente cirurgião oncológico indiano, chegou àquela cidade, integrado numa equipa multidisciplinar de investigação científica na área do adenocarcinoma ductal invasivo.
Carolina conheceu-o num “cocktail” de recepção e boas vindas no “Hotel Vip Maputo”, na capital moçambicana, organizado pelo Director do Serviço de Oncologia do Hospital Central.
Ao olhar para ele, ficou enfeitiçada por um olhar penetrante do qual se desprendiam cometas. E quando ele tomou a sua mão e a beijou, dizendo que estava encantado por a conhecer, Carolina sentiu uma rápida elevação da temperatura corporal, ao mesmo tempo que teve o claro prenúncio de que estava prestes a abandonar o deserto afectivo no qual o seu casamento tinha, muito tempo antes, desembocado sem retorno, para entrar num luxuriante prado verde, atravessado por um rio de mel, em cujas margens, ela e Rashid passeariam de mão dada até ao fim dos seus dias.
Durante o “cocktail”, ele conversou animadamente com ela sobre a sua Índia e as razões que o tinham conduzido a Moçambique, enquanto o marido de Carolina, lacónico e sorumbático como sempre, preferiu integrar o círculo constituído por uma equipa de cirurgiões do Hospital Central do Maputo que, a um canto da sala, dissertavam sobre uma complexa e delicada intervenção cirúrgica a que um menino de Pemba iria ser submetido no dia seguinte, naquele Hospital.
Depois de ter conversado com Carolina, Rashid conduziu-a até um lago existente nos jardins do hotel, junto do qual passeavam flamingos, as aves preferidas dele. Contou-lhe que desde pequeno, devorava toda a literatura relativa aos flamingos e que era capaz de ficar horas a fio entretido a assistir às valsas daqueles dançarinos de plumagem flamejante.
No final do “cocktail”, separaram-se com a certeza de que, no dia seguinte, se voltariam a encontrar, desta feita, no auditório nº 1 da Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane, no Maputo, onde ele iria proferir uma palestra seguida de debate, subordinada ao tema “O adenocarcinoma ductal invasivo na Índia”, e à qual ela iria assistir integrada na equipa que a Administração do Hospital Central do Maputo decidira enviar à conferência. O marido dela não iria estar presente porque, à mesma hora, estaria em trânsito aéreo para o aeroporto internacional de O.R.Tambo, em Joanesburgo, acompanhando a transferência de um doente do Hospital Central de Maputo para o Hospital de Millpark.
No dia seguinte, finda a palestra e o debate que se lhe seguiu, ele abeirou-se dela, envolveu-a com o seu sorriso doce e, depois de o seu olhar quente ter uma vez mais tocado a alma dela, incandescendo-a, Rashid comunicou-lhe que para ele era vital continuar a encontrá-la.
De súbito, tudo ficou cor-de-rosa e perfumado, com flamingos a valsear em redor de ambos. Rashid acendeu uma fogueira na alma de Carolina, cujas chamas eram uma continuação da plumagem flamejante dos flamingos, e foi esse acendimento que fez com que ele passasse a fazer parte integrante da vida dela para todo o sempre.
Começaram a encontrar-se no exclusivo apartamento dele na capital moçambicana, situado entre Sommerschield e Polana, onde, à noite, no imenso terraço com vista deslumbrante sobre a Baía de Maputo, o seu amor não conhecia fronteiras.
Rashid sabia, como ninguém, fazê-la feliz. Quando as mãos morenas dele afagavam a pele clara dela, Carolina percorria os céus de lés-a-lés. Sempre que o corpo vigoroso dele encontrava o dela, o mundo de Carolina mergulhava num enorme fogo de artifício.
Ele fez da vida dela uma festa sob um céu permanentemente estrelado, e gostava de lhe chamar “Minha Estrela Polar”.
Dois meses depois de se conhecerem, tomaram a decisão conjunta de viverem sob o mesmo tecto e de ela comunicar previamente tal decisão ao marido, com vista a ser iniciado o Processo de Divórcio por Mútuo Consentimento.
Quando ela contou ao marido, ele olhou-a friamente, como aliás a vinha invariavelmente olhando desde havia muito tempo, e, de forma completamente inusitada e inopinada, saíu apressadamente de casa.
Indo ao encontro de Rashid, tirou do bolso interior do casaco a pistola semi-automática com o calibre 6,35 Browning, municiada, e, empunhando-a na direcção da região torácica esquerda de Rashid, a escassos metros deste, efectuou dois disparos que o fizeram tombar de imediato. Acto contínuo, apontou a mesma arma na direcção e contra a sua própria região parietal craniana e efectuou outro disparo, caindo também ele de imediato.
O marido de Carolina teve morte imediata, mas diferente foi a sorte de Rashid. Prontamente socorrido e transportado para o Hospital Central do Maputo, viria a ser contemplado por um desses insondáveis milagres do destino. Submetido a uma intervenção cirúrgica de urgência para remoção das balas alojadas na região torácica esquerda, acabaria por, no espaço de seis meses, ficar completamente curado das lesões provocadas pelos disparos, e sem sequelas.
Tudo apontava agora no sentido de que Carolina e Rashid poderiam viver o grande amor que tinha levado o marido dela a cometer aqueles actos. Porém, o sentimento de culpa e os remorsos de Carolina falaram mais alto, de forma ensurdecedora, e ela, que tinha sido a companhia e o apoio incondicional de Rashid durante o período de convalescença deste no Hospital, uma vez ele curado, não aguentou continuar a dar corpo a uma paixão que tinha arrastado consigo uma tragédia. Se ela estava livre, a sua alma estava agrilhoada pelos acontecimentos dramáticos. E piores do que as grades de ferro da nossa janela, são as grades que nos aprisionam a alma. Por isso, Carolina comunicou a Rashid que o seu desespero se estava a adensar e a afundá-la num vale de escuridão, pelo que necessitava de espaço e de tempo só para si, para encontrar a sua própria luz.
Com o mesmo olhar quente de sempre, ele implorou-lhe que reconsiderasse, pois juntos iriam conseguir ultrapassar todas as barreiras e aniquilar todos os fantasmas que a fustigavam. Não obstante, ela, irredutível, insistiu que precisava de se encontrar consigo própria. Sem alternativa, ele pediu-lhe que, findo o seu retiro espiritual, o procurasse, pois tinha a certeza de que ela quereria voltar para ele que, garantiu-lhe, esperaria por ela o tempo que fosse preciso.

Carolina partiu, então, para Lisboa, impondo a Rashid que, durante seis meses, não tivessem qualquer contacto, acrescentando que, volvido tal lapso de tempo, entraria em contacto com ele. Entendeu ser esse o tempo necessário para saber se pretendia continuar uma relação que tinha gerado uma tragédia, e viver para todo o sempre junto do homem que, sabia-o de antemão, nunca deixaria de amar.

Apesar de Rashid lhe ter garantido que esperaria por ela o tempo que fosse preciso, estava consciente de que era possível que ele se viesse a sentir cansado de esperar e acabasse por deixar entrar outra mulher na sua vida. Não obstante, ela necessitava urgentemente de se retirar e repensar toda a sua existência nos últimos tempos.

Decorridos seis meses, Carolina que, durante esse tempo, mal aguentara a angústia da separação de Rashid, sentiu irremediavelmente que era vital passar o resto dos seus dias com o homem que, com um simples olhar, a conseguia pôr ao rubro. Percebeu que era urgente voltar para ele, pelo que tomou a decisão de voar de regresso ao Maputo.

Carolina viajou, então, com procedência do aeroporto internacional da Portela, em Lisboa, para o aeroporto internacional de Mavalane, no Maputo.

A voz bem colocada da hospedeira soava cristalinamente nos altifalantes de bordo: “O Comandante João Aguiar de Lemos e a restante tripulação desejam que todos os senhores passageiros tenham tido um excelente voo, esperando voltar a tê-los em breve na nossa companhia, a bordo de um avião da TAP. Aterraremos dentro de alguns instantes no aeroporto internacional de Mavalane, no Maputo. Lembramos que os cintos de segurança deverão permanecer apertados durante a aterragem, e enquanto o respectivo sinal luminoso se mantiver ligado. Desejamos a todos os senhores passageiros umas óptimas férias, ou um bom regresso à capital moçambicana, se for esse o caso.”

E agora? Rashid teria deixado entrar outra mulher na sua vida?

Quando o avião aterrou, e após as formalidades de desembarque, Carolina entrou num táxi que a transportou para o apartamento de Rashid.

Aí chegada, encontrou a casa devoluta. No seu interior, várias funcionárias de uma empresa de limpezas, limpavam, numa azáfama, tectos, paredes, chão, portas, janelas. Foi-lhe explicado que estavam a preparar o apartamento para ser entregue a uma agência imobiliária para revenda. Apercebendo-se do mau presságio que varreu o olhar de Carolina, uma das funcionárias contou-lhe a sangue frio, que o último ocupante da casa tinha falecido uns dias antes, vítima da febre hemorrágica de Marburgo.

Sentindo o chão fugir debaixo dos pés, Carolina dirigiu-se para o Hospital Central do Maputo, onde o Director a informou que Rashid aí tinha estado internado durante uma semana, sempre ciente da doença que o estava a tragar. Contou a Carolina que, na hora da morte, Rashid falara insistentemente numa estrela polar que uns meses antes, verbalizara ele, tinha iluminado o seu caminho, mas que, agora, estava muito, muito, muito longe. Também contou a Carolina que, escassos minutos antes de partir, Rashid lhe tinha dito que tinha a certeza que, quando chegasse ao céu, iria ser recebido com uma valsa de flamingos.

Carolina sentiu um enorme estrondo no interior da sua cabeça, e, de repente, tudo ficou escuro. Foi um apocalipse total. Quando voltou a si, estava deitada numa sala do serviço de observações do Hospital, rodeada por uma equipa de colegas, tendo ficado em vigilância e observação durante 24 horas. Assim que teve alta, dirigiu-se ao “Hotel Vip Maputo”, onde tinha conhecido Rashid.

Chegada junto ao lago onde Rashid em seu dia a conduzira, verificou que já aí não havia flamingos. Vislumbrou, então, no céu, o sorriso sereno de Rashid que, com os dançarinos de plumagem flamejante a valsear em seu redor, lhe acenou demoradamente. Carolina enlevada, sorriu e acenou para o céu. Com os olhos a transbordar de água e de alegria, olhou para duas gémeas sul-africanas de seis anos que estavam junto ao lago, sorrindo e acenando igualmente para o céu. Uma delas perguntou à mãe porque é que os flamingos, no céu, dançavam tão bem. A mãe respondeu-lhe que estavam a fazer uma cerimónia de recepção e boas-vindas ao senhor que estava com eles, que, por ter um espírito cheio de luz, inspirava aquela dança maravilhosa. Carolina, surpresa, sorriu para as gémeas, afagou-lhes o cabelo, e voltou a acenar a Rashid.

Uma certeza deu-lhe alento: Rashid povoaria para todo o sempre os céus de Moçambique, abençoando-a e conduzindo-a pela vida, e lá no alto, esperaria por ela o tempo que fosse necessário, para juntos, viverem um grande e único amor que na terra não lhes foi dado continuarem a viver.


16 comentários:

  1. A grande maioria das vezes, na Terra não se consegue viver o "tal amor". Onde? - Não sei.
    Os versos de Sophia...sem comentários. É Sophia!
    Relativamente ao texto, apenas dizer que gostei. Qualquer outro comentário viria a despropósito e seria "oco".

    ResponderEliminar
  2. Boa noite Isabel,
    vi o seu comentário ao meu poema no blogue da Ná. Vim visita-la, e dizer-lhe que muito me sensibilizou o seu comentário. Quanto ao poema de Sophia de Mello Breyner Anderson, é tal e qual como o Álvaro diz, é Sophia, tem o rosto dela. Do texto, gostei imenso e aplaudo a qualidade do seu espaço.

    Beijinho,
    Ana Martins

    ResponderEliminar
  3. Olá, Isabel

    Quando lhe disse,lá no meu blog,que já tinha vislumbrado os flamingos (elegantes e etéreos) que ilustram este seu texto, e que depois viria comentá-lo, não fazia ideia do seu papel na história. Depois de a ler tudo se encaixa: o ambiente e a paisagem permitem-nos visualizar tudo como num quadro.Já para não falar do impacto produzido na Carolina por Rashid, que a Isabel compara a um tremor de terra de magnitude 7 e intensidade 10 nas escalas de Richter e Mercalli, respectivamente.Nada mais elucidativo.

    Os pormenores, o conhecimento do espaço em que as personagens se movimentam fazem desta história um acontecimento bem real.

    Continue a escrever assim e a partilhar connosco o seu talento.

    Beijinhos
    Olinda

    ResponderEliminar
  4. Depois de ler com todo o interesse e entusiasmo, quase fico sem palavras para comentar, muito interessante! obrigada por nos proporcionar estes óptimos momentos de boa leitura.
    Bjs

    ResponderEliminar
  5. Muito obrigada, Álvaro.
    Também gosto muito da Sophia, que, tão gentilmente, me acompanhou aqui.
    A Ana Martins citou o comentário do Álvaro sobre o poema da Sophia.
    Quanto ao "tal amor", acredito que, muitas vezes, ele é uma realidade viva aqui, na Terra, e, outras vezes, tem existência numa outra "dimensão", numa outra galáxia.
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  6. Olá, Ana Martins!
    Já agradeci a sua visita no seu blog.
    Aqui, deixo-lhe outro beijinho.
    Apareça sempre.

    ResponderEliminar
  7. Querida Olinda:
    Muito obrigada pelas suas palavras, que tomo como um alento e um estímulo para que escreva cada vez mais e melhor.
    Um abraço grande.

    ResponderEliminar
  8. Querida Lilá(s):
    Fico sempre feliz com a sua visita.
    Obrigada e volte sempre.

    ResponderEliminar
  9. Olá, Isabel
    Para dar tempo a que serene a emoção que me provocou o teu texto, começarei por dizer que as imagens dos flamingos são lindas! É um animal duma enorme elegância e beleza.

    De Sofia dizer o quê??? Está entre as minhas preferências, e está tudo dito.

    O teu texto... é difícil comentar.
    Está muito bem escrito, mostra-nos que oa grandes amores nem sempre têm um final feliz, na Terra, mas que poderão ter continuidade numa outra dimensão. (Fez-me arrepiar...)
    Parabéns. Adorei.

    Um feliz Dia Internacional da Mulher e alegre carnaval.
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  10. Querida Mariazita:
    Bem hajas, Amiga. É sempre muito bom ter-te aqui.
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  11. Bom chegar e encontrar desde logo, não apenas o colorido das belas fotos de flamingos, mas especialmente com os versos da grande Sophia, que você tão bem escolheu.

    O conto, muito bem escrito, combinando amor e tragédia a um desfecho que transcende, me dá a dimensão da escritora de talento que você é.

    Isabel, fiquei bem feliz com a sua presença em meu blogue. Bjs, querida, boa semana. E inté!

    ResponderEliminar
  12. Minha Querida Ju:
    Muito obrigada pelas suas palavras de ânimo, de incentivo.
    Aquele abraço.

    ResponderEliminar
  13. Olá Isabel
    Hoje finalmente vim agradecer a sua passagem pelo meu blogue "passos da ilha" ... quanto ao poema de Sophia nada a acrescentar por já ser hábito agradar e pela mestria que é característica da autora.
    Agora você, deixe-me dizer-lhe que foi capaz de prender-me ao texto desde o inicio pela forma elegante e bela com que nos convoca para o conto.... tal e qual o que nos provoca a dança dos flamingos
    Aqui para nós, até fiquei emocionada... mas eu sou assim
    Acho que todas as palavras que possa dizer não farão jus ao seu belo conto... contudo, retiro do mesmo um aspecto que me tocou muito e que tem que ver com o facto de adiarmos a vida para o dia seguinte, o que pode ser demasiado tarde...Além disso, bela homenagem à mulher
    Bjs
    Se não se importa ficarei sua seguidora

    ResponderEliminar
  14. Bem haja por tudo, CF. As suas palavras são um excelente incentivo para que escreva cada vez mais e melhor.
    Confesso que eu própria me emociono de cada vez que leio o texto. Acredita?
    Um abraço cheio de luz de África.

    ResponderEliminar
  15. Cheguei muito tarde hoje para ler, mas gostei da beleza das imagens e prometo voltar com mais tempo e a tempo e horas :)
    Obrigada, Isabel, pela visita e palavras deixadas na minha casa.
    Até logo.

    beijo

    ResponderEliminar
  16. Respondendo a "Nacasadorau":
    Obrigada. Gostei da sua visita. Volte sempre que puder.
    Um beijinho.

    ResponderEliminar